
A governadora Wilma de Faria (PSB) chamou para si a responsabilidade do comando da sucessão estadual. Foi o que afirmou a própria Wilma ontem em Mossoró, depois de reunir os membros do Pacto da Unidade Potiguar (PUP), em Natal, para abrir diálogos relacionados às eleições do próximo ano e definir o candidato do grupo ao Governo do Estado.
"Foi uma reunião positiva, para que o grupo chegue a um consenso, junto aos pré-candidatos e aos candidatos a pré-candidatos", disse. Na terça-feira, 15, haverá novo encontro, dessa vez envolvendo o vice-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB), e que contará com a presença dos deputados federais Henrique Eduardo Alves (PMDB) e João Maia (PR), além do presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN).
Diferente do que vinha dizendo até pouco tempo, de que o candidato ao Governo do Estado deveria ser anunciado somente no próximo ano, Wilma mudou o discurso e afirmou que o nome escolhido será apresentado à população ainda neste ano.Segundo a governadora, o consenso que definirá o candidato do grupo seguirá alguns critérios. "Iniciamos essa discussão. Não se discute quem ganha ou quem perde se valendo em pesquisa.
Pesquisa é uma realidade hoje e amanhã é outra. É preciso um bom projeto, experiência, e vai contar a capacidade de liderança, a continuação das obras importantes que o nosso governo tem feito e, naturalmente, a capacidade do candidato de crescer. Hoje, a situação de pesquisa ainda é incipiente, até porque esses candidatos ainda não estão nas ruas, diferente de outras pessoas que estão dizendo que são candidatos", diz.
Wilma afirma que pesquisas serão realizadas para que o grupo possa ter uma ideia de quem tem maior capacidade e probabilidade de vitória. Nesse sentido, quanto ao fato de o vice-governador Iberê Ferreira de Sousa estar em situação desconfortável - conforme sondagens recentes -, ela comenta que não será feita uma análise do atual momento e que não se pode, agora, fazer que Iberê abra mão da candidatura para que outro nome possa entrar na disputa.
"Esse ponto é discutível. Uma pesquisa quantitativa mede agora, no momento em que a candidatura não está definida. Na hora em que há definição, se vê a probabilidade de se chegar à vitória, as qualidades do candidato", diz a governadora, acrescentando que não se pode apenas fazer critérios simplistas, e sim que possam ver o que a população deseja, como também projetos importantes ao Estado e capacidade de vitória.
PSBSobre a provável candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) à presidência da República, Wilma de Faria frisa que essa possibilidade só se concretizará se o partido achar que será um projeto estratégico no primeiro turno que possa beneficiar a ministra Dilma Rousseff (PT). "Estamos totalmente afinados com o PT. O PSB só lança candidato se nós, que apoiamos o presidente Lula, acharmos que é estratégico lançarmos mais de um candidato. Se não, não lançaremos."
Fonte:Edilson Damasceno
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