quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Aécio tenta atrair PMDB e pode puxar Henrique Alves junto




Henrique Eduardo Alves é um dos políticos mais governista hoje em Brasília. Como líder do PMDB, o parlamentar potiguar tem avalizado todos os projetos importantes do Governo Lula na Câmara dos Deputados.Henrique só fala em Dilma Rousseff para a Presidência da República.



É Deus no céu e Dilma na terra. "Porque a ministra fez, porque a ministra fez aquilo, porque a ministra liberou isso para o Rio Grande do Norte...".E tem um detalhe importante nesse amor divino: Michel Temer, do PMDB, presidente da Câmara dos Deputados, pode ser indicado vice de Dilma na campanha presidencial.



E Henrique está cotadíssimo para suceder Temer na presidência da casa legislativa.O problema é que Dilma não decola nas pesquisas de opinião. Apesar de toda a popularidade do presidente Lula, que cresceu um pouquinho na última pesquisa do Ibope (um pontinho, de 80% para 81%), a ministra Dilma não consegue ganhar a preferência do eleitorado e patina perdendo para Ciro Gomes em alguns cenários, efeito da entrada de Marina Silva, ex-petista, na corrida presidencial, e dos desgastes do caso Sarney e do jogo da verdade com Lina Vieira.



Por conta deste cenário, desfavorável à ministra, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, presidenciável, tenta atrair o PMDB para fortalecer-se. Anda de namoro com o ministro Hélio Costa (Comunicações), que é do PMDB.Hélio Costa lidera as pesquisas para o governo de Minas, mas se tiver o apoio de Aécio Neves, governador com 90% de aprovação, pode se considerar eleito.Se a jogada der certo, o PMDB deixa o PT de lado e se junta ao PSDB.



Esse movimento pode alterar bastante o jogo político aqui no Estado.Em vez de o PMDB aliar-se aos partidos da base de Lula - PSB e PT, principalmente -, abre-se a possibilidade de Henrique e Garibaldi Filho fecharem acordo com o PSDB de Rogério Marinho e o Democratas de José Agripino Maia.Isso é uma possibilidade real que pode alterar muito o quadro sucessório estadual.



Henrique Eduardo Alves vai continuar governista, eu acredito. Mas está de olho nessa troca de afagos entre tucanos e peemedebistas em Minas Gerais.Afinal, Aécio Neves é um amigão do peito. E ninguém costuma abandonar um amigo. Jogo complicado para o deputado Henrique. Muito complicado.
Fonte: Diógenes

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