
Robinson Faria tem os comandos do PMN e do PP no Rio Grande do Norte
Passado o período do bipartidarismo no Rio Grande do Norte, quando os políticos duelavam em dois lados opostos e radicais, a corrida agora é pelo comando de legendas. As lideranças emergentes encontraram uma maneira de não correrem o risco de terem seus objetivos preteridos por tradicionais “donos” de partidos.
No cenário atual, em que a diversidade partidária fraciona as forças políticas do Estado, os líderes buscam o comando de siglas, articulando diretamente com o comando nacional, que concede a direção das legendas em busca de fortalecimento. Foi-se o tempo em que lideranças de expressão ficavam submetidas a outros líderes.No Estado, o crescimento das pequenas agremiações começou com a iniciativa da governadora Wilma de Faria, que depois de integrar vários partidos, assumiu o comando do então minúsculo PSB, hoje um dos maiores partidos do RN. Agora, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, segue o mesmo caminho.
Deixou o partido de Wilma para assumir o comando estadual do PDT. A posse dele está marcada para 18 de setembro.As mudanças não pararam por aí. Em busca de independência, as lideranças fortaleceram várias legendas, até então desconhecidas. Foi o caso do presidente da Assembleia Legislativa (AL), Robinson Faria, que deixou o então PFL (que hoje é denominado DEM) para se filiar ao Partido da Mobilização Nacional (PMN), que agrega o seu grupo político.O deputado federal João Maia também tem independência na hora de escolher o rumo que tomará nas campanhas eleitorais.
Novo na política, apesar de experiente na vida administrativa, o parlamentar é o presidente estadual do PR, fortalecido por ele e possuidor de grande expressão política no Estado.Quem também buscou espaço para crescer foi a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), que deixou o PP, em 2006, para assumir a liderança do PV no Estado. O deputado federal Rogério Martinho também resolveu declarar independência. Deixou o PSB de Wilma, após ter sua candidatura a prefeito de natal preterida no ano passado, para assumir o comando do PSDB, legenda de grande expressão nacional.
A emergência de novos partidos e lideranças políticas impulsionam a dissipação de forças, que articulam uniões de acordo com seus interesses, durante o período pré-eleitoral e, geralmente, conversam com todos os outros grupos. A exceção é o relacionamento turbulento do PT com DEM e PSDB.Rosalba Ciarlini e Iberê Ferreira continuam dependendo dos líderes de partidosDos pré-candidatos ao Governo do Estado, somente o vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) e a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ainda não possuem o comando de partidos e dependem da decisão dos seus respectivos líderes, Wilma de Faria e José Agripino, para serem candidatos.Já Carlos Eduardo, Robinson Faria e João Maia estão com a faca e o queijo na mão.
Os três podem tanto articular as composições que desejarem com demais partidos e lançar candidatura própria, sem precisar do aval de outros líderes, o que os deixa com um leque maior de opções para 2010.O que complica para Iberê e Rosalba é o fato de a prioridade dos seus respectivos partidos ser a disputa pelas vagas no Senado. Para articular a formação de alianças com a convergência de forças, os nomes do pessebista e da democrata podem ser preterido nas articulações, principalmente quando o objetivo é compor com a Unidade Potiguar – formada por PMDB, PR, PP e PMN – que possui dois candidatos ao governo.
No entanto, Iberê e Rosalba têm a favor deles dois fatores que pesarão bastante nas decisões de seus partidos. Na base governista, o vice-governador será o chefe do executivo estadual em exercício. Na oposição, Rosalba é a candidata melhor avaliada, liderando todas as pesquisas de opinião.
Fonte: Allan Darlyson

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