sábado, 24 de outubro de 2009

O inventário do mundo

O ritmo acelerado da catalogação científica permiteestimar quando o trabalho estará terminado








Os astrônomos do Observatório Europeu Meridional, baseado no Chile, divulgaram, na semana passada, a descoberta de 32 planetas fora do sistema solar.



O anúncio eleva o número de astros identificados para 400. Quinze anos atrás, nem sequer havia comprovação científica da existência de planetas no espaço exterior. O avanço da astrologia é exemplo da rapidez com que evolui o nosso conhecimento do mundo natural. Encontrar, nomear e classificar cada ser e objeto à nossa volta é a mais básica tarefa da ciência.



Ao inventariar o mundo e o universo, o homem satisfaz a curiosidade, amplia sua capacidade de atuar e reduz as chances de que algo desconhecido o ameace. "Todos os seres humanos, pela sua natureza, desejam saber", escreveu o filósofo grego Aristóteles, quase 400 anos antes de Cristo.



A aceleração das descobertas nos permite estimar, com licença à imaginação, quando a catalogação estará terminada em alguns temas. Veja, como exemplo, o inventário dos seres vivos. No mês passado, o Centro de Estudos de Recursos Biológicos Australiano publicou a segunda edição do relatório "Números de espécies vivas na Austrália e no mundo".



Entre insetos, mamíferos, algas e outros seres vivos, já foi coletado 1,9 milhão de espécies. Como o prognóstico é que o total seja de 11 milhões, se for mantido o ritmo de identificação de espécies alcançado entre 2006 e 2008, o trabalho estará completo em alguns séculos (veja o quadro).



Em outros casos, a missão é impossível. O universo existe há 13,7 bilhões de anos, e o Homo sapiens, há apenas 200 000 anos. O tempo necessário para encontrar todos os planetas e estrelas está além das dimensões humanas. Mas não devemos desanimar.



"Quando enxergarmos com precisão os confins do universo, teremos de inventar uma nova física para entender o que estará diante de nossos olhos", diz o astrônomo Walter Junqueira Maciel, da Universidade de São Paulo. O limite da catalogação está a anos-luz de ser o fim da ciência.
Fonte: VEJA

Um comentário:

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