Um pai busca por justiça desde que sua filha de 10 anos lhe confessou ter sido abusada sexualmente pelo vizinho em Extremoz, região metropolitana de Natal. Ontem pela manhã, ele foi à Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (DCA) para denunciar e esperar providências da polícia.
A delegada Adriana Shirley entrou de licença médica no mesmo dia, por isso a garota foi apenas encaminhada para exame de corpo e delito. O pai acredita que o abuso tem acontecido por cerca de um ano. O diretor adjunto de policiamento da Grande Natal, delegado Stênio Pimentel, garantiu que um inquérito seria instaurado para apurar o caso e que ontem a tarde definiria quem substiuiria a titular da DCA até a próxima terça-feira, quando termina a licença dela. "A denúncia será averiguada e o caso será esclarecido", garante Stênio Pimentel.
O pai da menina explica que é divorciado da mãe dela, com quem também tem um garoto de nove anos. Os dois filhos moram com a mãe em Extremoz há oito anos. Ele afirma que passou a desconfiar do que acontecia depois que outros vizinhos das crianças vinham lhe relatar o relacionamento estreito que o suspeito tinha com sua filha. "Todos vinham me dizer que havia algo errado e eu tentava alertar a mãe deles".
No entanto, segundo o pai, a mãe não acreditava, pois o supeito seria evangélico. "Ela me dizia que ele é uma pessoa muito boa. Mas eu dizia que era exatamente esse tipo de pessoa que não levanta suspeitas que faz esse tipo de coisa". Ele conta que a filha decidiu lhe confessar o abuso na madrugada da última terça-feira.
"Ela ficou muito agitada, corria pela casa inteira. Pedi que confiasse em mim, que eu não iria fazer nada de mal, queria apenas que ela contasse tudo". Segundo pai, ela contou que o suspeito a levava para seu comércio no horário do almoço, onde a abusava. "Não chegou a haver penetração. Mas ela fazia tudo que ele lhe mandava". Segundo o pai, ela contou que não revelou a história antes porque o suspeito a ameçou fazer o mesmo com o irmão.
O pai diz que a "a vida dela está destruída" e que o comportamente da menina mudou por completo. "Ela está agressiva e vive xingando todo mundo no colégio". Ele afirma que resolveu procurar a polícia para denunciar, mas até então, apenas um boletim de ocorrência foi registrado, além de a garota ter sido encaminhada para exame de corpo e delito. "Mas não quis fazer no dia, pois era um homem que fazia o exame e não queria traumatizá-la mais ainda". Ele agora aguarda que a polícia possa prender o suspeito. "Voltei aqui para que ouvissem minha filha, já que ela conta tudo o que aconteceu".
Nenhum comentário:
Postar um comentário