quarta-feira, 22 de julho de 2009

Padarias esperam crescer 13% esse ano

Associação Brasileira dos Industriais de Panificação acredita que segmento vai ultrapassar 2008.
Aumenta consumo de pães e massasO movimento das padarias e empresas de panificação devem fechar 2009 com crescimento de 13%, segundo previsão da Abip (Associação Brasileira dos Industriais de Panificação).

O desempenho deverá ser melhor do que o registrado em 2008, quando as vendas cresceram 12% sobre 2007. Segundo Alexandre Pereira da Silva, presidente da Abip, a crise "ainda não chegou ao nosso setor".


Ele afirmou que houve crescimento de 5% nas vendas no primeiro semestre deste ano. As refeições fora do lar, entretenimento e proteínas são os primeiros a serem atingidos na crise, ressaltou Silva, acrescentando que só depois os carboidratos (pães e massas) são cortados pelo consumidor.


"A crise faz com que aumente o consumo de alimentos dentro do lar, e isso beneficia diretamente as padarias", avalia o executivo. Os dados foram divulgados nesta terça-feira na abertura da Fipan 2009 (Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos), com participação de 450 empresas.


Segundo Antero José Pereira, presidente do Sindipan (Sindicato e Associação dos Industriais de Panificação de São Paulo), a meta é "gerar R$ 550 milhões em negócios iniciados na feira, o que representaria um aumento de R$ 100 milhões frente ao volume de negócios gerados na edição passada".


Dólar O preço do trigo, mesmo com a necessidade de importação da Argentina, não é o principal entrave citado pelo setor. "Sentimos muito mais a crise mundial do grão [trigo] no ano passado, do que a crise econômica neste ano", frisou Silva. Mesmo uma safra menor na Argentina, principal exportador de trigo e farinha de trigo para o Brasil, não deve afetar a produção neste ano.


Os estoques de trigo no Brasil ainda estão altos, e o dólar um pouco mais baixo facilita a importação de trigo de outros países, explicou o presidente da Abip. Outro ponto favorável para o setor é a prorrogação da isenção fiscal na importação até o final de 2010, que deve segurar o preço do pão. Representantes do setor querem esticar a medida por mais 90 dias, até março de 2011.

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