quinta-feira, 23 de julho de 2009

Deputado federal João Maia acusa PSB de tramar entrevista

Edilson DamascenoDa Redação
Ao que parece, o grupo comandado pela governadora Wilma de Faria (PSB) perdeu o prumo depois da entrevista concedida pelo deputado estadual Gustavo Carvalho (PSB), domingo passado, cujo teor se voltou para uma definição do nome do vice-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB) para a disputa do Governo do Estado em 2010.

Depois do presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN), dizer que há protecionismo do governo a Iberê, ontem o deputado João Maia (PR) resolveu quebrar o silêncio: "O Governo trabalha pela candidatura do vice-governador, mas não tem uma resposta eleitoral", afirmou, acrescentando que a parceria política com Robinson Faria está mantida e que a tendência é repetir, em 2010, a aliança vitoriosa em Natal, que conta - além do PR e PMN - com o PV e DEM.
Se a intenção do deputado Gustavo Carvalho era afastar do grupo governista os que têm interesse no Governo do Estado e que não fazem parte do PSB, a estratégia deu certo. Mas, se a ideia seria valorizar Iberê e fazer com que Robinson Faria e João Maia não partissem ao contra-ataque, o wilmismo errou.

Ainda ontem o presidente da Assembleia Legislativa afirmou que estava sendo subestimado pela governadora Wilma de Faria.Entrevistado ontem pela TV Ponta Negra, João Maia acusa a cúpula do PSB de articular um jogo que beneficia o vice-governador. É que havia um pacto envolvendo João Maia, Robinson Faria e Iberê e que se voltava para apoio mútuo ao que se apresentasse com maior densidade eleitoral à disputa pelo Governo do Estado.

"O PR não vai fazer como eles e excluir os outros", disse ao se referir à metodologia adotada pelo PSB.O deputado federal acrescenta que se o vice-governador Iberê Ferreira de Sousa, que assumirá o Governo em abril próximo, quer ser candidato sozinho, "que se candidate. Se quer pré-definir, que defina, mas não peçam o apoio de quem não foi consultado", frisou.

Para João Maia, a entrevista de Gustavo Carvalho se caracteriza como sendo uma peça combinada, mas que não atingiu o objetivo. "Foi desconciliadora e não resulta em benefícios para o grupo da governadora.

"Sou da base de Wilma, mas nunca tive grande participação no Governo. Não adianta fingir que há um tratamento igual aos pré-candidatos. O Governo trabalha pela candidatura do vice-governador, mas não tem uma resposta eleitoral", afirmou.

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