Durante a inauguração da Escola de inclusão digital, no último fim de semana, no município de Luís Gomes no Alto Oeste, que contou com a participação da governadora Wilma de Faria (PSB), o ex-prefeito da cidade, medico Pio Fernandes, no seu veemente discurso, fugindo um pouco do script, não poupou críticas construtivas ao caos instalado no Hospital Regional de Pau dos Ferros.
Renomado médico cirurgião cobrou de público – como o faz em reuniões reservadas com a chefe do executivo estadual – melhores condições de trabalho para aquele nosocômio de emergências.
Dr. PIO, relatou, dentre outras coisas, que naquela unidade de saúde faltam médicos especializados, principalmente, anestesistas, como, também, material básico e de uso corriqueiro.
“Às vezes – usando um linguajar metafórico de futebol – somos obrigados, forçados (ao mesmo tempo) bater escanteio, correr à área para cabecear e, ainda, evitar o gol na posição de goleiro”, disse ele.
E acrescentou: “não estou aqui fazendo juízo de valor contra ninguém. Apenas, como profissional (que tenho um nome a zelar) e enquanto cidadão, devo, sim, externar uma realidade que está à vista de todos. Só não enxerga quem não quer ver.”
Há anos, que ele cobra melhorias para o Hospital Regional “Dr. Cleodom Carlos de Andrade”.
Em 19 de novembro de 2005, por exemplo, na inauguração da Central do Cidadão, Dr. Pio, na condição de prefeito de Luís Gomes e, simultaneamente, presidente da AMORN, reivindicou, perante uma multidão, a instalação de uma policlínica e uma UTI neonatal.
Ademais, pleiteou a implantação – em Pau dos Ferros – do ITEP/IML.Logo, já foram muitas as suas reivindicações e muitas delas tiveram rum retorno satisfatório. Porque é ali que ele exerce o seu ofício e o quer fazer com qualidade e de forma humanizada.
Ao final da sua fala, enveredando pelo campo da política partidária, ele exortou os pretensos candidatos ao Governo do Estado dentro do mesmo grupo, para que pensem num projeto, único, coeso, em defesa dos interesses da população norte-rio-grandense e não em projetos eminentemente pessoais.
O vice-governador, Iberê Ferreira, estava lá – de orelha em pé - ouvindo tudo atentamente.
“Se o nosso grupo tiver a maturidade necessária e suficiente para seguir unido pensando no bem-comum – sem picuinhas e aparando as arestas - não tenho nenhuma dúvida de que lograremos êxito nas eleições vindouras”, concluiu.
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