quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Robinson disse que ainda não definiu rumo para 2010

Presidente da Assembleia Legislativa rompeu o silêncio ontem depois de dois meses afastado dos assuntos políticos no Estado
Deputado Robinson Faria



"Eu vou começar agora a discutir com o nosso grupo, com os meus amigos, qual será o nosso caminho em 2010. Eu não tenho uma posição para declarar, mas logo eu estarei anunciando qual o caminho político do grupo do deputado Robinson Faria".


A afirmação foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, que rompeu o silêncio após 60 dias distante dos acontecimentos políticos e concedeu ontem a sua primeira entrevista, ao jornalista Diógenes Dantas no programa Jornal da 96 (96 FM). Robinson reconheceu que existem três caminhos políticos como opção para o pleito do próximo ano.


O primeiro é a sua permanência ao lado do grupo da governadora Wilma de Faria (PSB), enquanto o segundo caminho seria uma composição com o bloco oposicionista no plano estadual e o terceiro caminho seria o lançamento de sua postulação de forma independente."Existem esses três caminho, mas que não foram os caminhos que eu escolhi.


O meu nome surgiu como pré-candidato a governador desde 2006 quando o grupo de Robinson Faria foi decisivo para a vitória da governadora Wilma de Faria, que naquela época estava em posição de desvantagem em relação a Garibaldi Filho, com 30 pontos atrás na pesquisa e eu fui convidado por Garibaldi para ser vice-governador dele em um momento ultraprivilegiado, onde muitos aceitariam o convite, que teria consagrado a vitória de Garibaldi, e eu, por lealdade e coerência a Wilma de Faria, recusei o convite de Garibaldi e fui ser um simples eleitor de Wilma, e a partir disso a campanha dela ganhou corpo e derrotamos Garibaldi, que até então era um candidato imbatível.


E a tradução dessa vitória em 2006 foi que o nome para suceder Wilma era Robinson Faria, que teve coragem, que abriu mão, que não foi oportunista, que não foi individualista e em nome de um grupo nascia ali uma candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte", detalhou o deputado Robinson Faria.


O parlamentar admitiu que, com o seu gesto de lealdade nas eleições de 2006, esperava-se que Wilma iniciasse um trabalho político para viabilizá-lo como seu sucessor. "Foi isso que ela me disse. Que se ela fosse eleita, no dia seguinte iniciaria um trabalho político para que eu fosse o seu sucessor", disse o presidente do Poder Legislativo norte-rio-grandense, confirmando que mantém a sua postulação ao Governo do Estado.


O presidente da Assembleia Legislativa reconheceu que passou por um período ausente da política. Robinson Faria disse que esteve por dois meses mergulhado em um hospital acompanhando o tratamento de saúde do seu filho recém-nascido. O parlamentar fez questão de dizer que não se arrependeu de ter passado um período ausente para se dedicar a sua família, principalmente o filho Gabriel, que enfrentou problemas cardíacos.


"Eu estava em um patamar de pré-candidato ao Governo do Estado e em razão de dedicação a minha família e aos meus filhos, abri mão de conceder entrevistas e fazer viagens políticas. Eu abri mão sem nenhum arrependimento porque fiquei com a minha família e cumpri a minha carga horária na Assembleia Legislativa, e agora estou retornando a um estúdio de rádio", afirmou o parlamentar, argumentando que estava se sentindo abalado emocionalmente e sem condições de discutir questões políticas.
Fonte:LUÍS JUETÊ

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