sexta-feira, 17 de julho de 2009

Estratégia do PMDB é rejeitar representações contra Sarney

Postado por Cristiana Lôbo em
A escolha do senador Paulo Duque (PMDB-RJ) para a presidência do Conselho de Ética do Senado deixa clara a estratégia do PMDB: rejeitar de pronto as representações que já foram encaminhadas ao conselho contra o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-MA).

Foi para garantir essa estratégia que o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), não aceitou que a presidência do colegiado ficasse com senador de outro partido, ou que fosse candidato às eleições do ano que vem, pois ele estaria mais sujeito a pressões da opinião pública. Paulo Duque é o segundo suplente do senador Sérgio Cabral, eleito governador do Rio de Janeiro em 2006, e não pretende disputar as eleições do ano que vem.

Não é a toa que o presidente da CPI da Petrobras também é suplente.
O PMDB não quer correr o risco de ver o presidente do Conselho de Ética acolher a denúncia contra José Sarney, pois isso obrigaria, pelas novas regras do conselho, que ele se afastasse temporariamente da presidência. Nesses dois meses em que a crise se agravou, a luta do PMDB é para que os pedidos de afastamento de Sarney do cargo sejam rejeitados.

Segundo peemedebistas, é muito provável que Paulo Duque já apresente seu parecer na primeira reunião do Conselho de Ética. A aposta geral é que ele recuse as denúncias. A oposição promete recorrer ao conselho ou ao plenário do Senado.

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