sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Venda de automóveis deve cair até 14% em agosto, pelo segundo mês seguido



As montadoras devem registrar em agosto o segundo mês consecutivo de queda nas vendas. É o que prevêem tanto os representantes dos revendedores de automóveis quanto os das montadoras, mostra reportagem do GLOBO, nesta sexta-feira.


Depois de atingir 300,2 mil unidades em junho (o melhor mês da história do setor no país) e 285,4 mil no mês seguinte, a estimativa é fechar agosto com um volume entre 245 mil e 250 mil unidades comercializadas no varejo (entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus).



Em números absolutos, a queda pode oscilar entre 12% e 14% em relação a julho — que teve dois dias úteis a mais do que este mês. Na comparação com agosto do ano passado (244,8 mil unidades), a aposta é de um empate ou alta de até 2%.



Para Jackson Schneider, presidente da Anfavea, a associação das montadoras, essa nova queda talvez ainda seja efeito a antecipação das compras registrada em junho, antes da decisão do governo de prorrogar a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).



O governo decidiu prorrogar no final de junho, por uma segunda vez desde dezembro, IPI zerado sobre veículos 1.0, mas a renovação do desconto vale até 30 de setembro. A partir daí, a alíquota zerada sobe para 1,5% em outubro, dobra em novembro, avança a 5% em dezembro e volta aos originais 7% em janeiro. As vendas de automóveis 1.0 correspondem a mais da metade do total de veículos comercializados no país.



Sergio Reze, presidente da Fenabrave, que representa os revendedores de automóveis, apesar da queda, o resultado ainda será excelente.



O mercado espera que as vendas voltem a crescer com força em setembro, o último mês de vigência de IPI reduzido. A previsão inicial é de até 300 mil carros vendidos no varejo, repetindo o resultado recorde de junho. Pelas regras determinadas pelo governo, a volta do imposto será progressiva. No caso dos modelos com motor 1.0, a alíquota passará de zero para 1,5% já em outubro, atingindo 7% em janeiro

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