segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Rosalba Ciarlini admite pré-candidatura ao governo


A senadora afirmou que fará "o que o povo quer” e que não fugirá "dessa luta".


Rosalba Ciarlini: pré-candidatura não atrapalha reeleição de José Agripino.


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Ouça o conteúdo completo do Jornal 96, da 96 FM, desta segunda-feira (31)Mesmo de forma sutil, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) admitiu que é pré-candidata ao governo do estado em 2010 hoje (31), durante entrevista ao Jornal 96, da 96 FM.



Ao comentar a última pesquisa do Ibope, que a coloca em primeiro lugar, com 40% das intenções de voto, a senadora afirmou que fará "o que o povo quer” e que não fugirá "dessa luta".“As pessoas já me tratam dessa forma (como pré-candidata), e eu não descarto de forma nenhuma. Se as pessoas querem que eu possa fazer pelo estado, trabalhando da mesma forma (quando era prefeita de Mossoró), podem ficar certos de que eu não fugirei dessa luta”.


Ela negou que a questão da prioridade entre a eleição dela e da reeleição de José Agripino no Senado tenha provocado discussão dentro do DEM. “As lideranças têm me estimulado a nível local e nacional. Estou analisando tudo isso”, disse, acrescentando, no entanto, que não está preocupada com “essa questão de ser candidata”.


“Isso não atrapalha (a reeleição de José Agripino) de forma nenhuma, até fortalece. A tendência é fortalecer e ampliar”. Sobre as alianças com os outros partidos – em especial com o PP, PR, PMN e PMDB, que são da base aliada da governadora Wilma de Faria, mas formaram um grupo à parte chamado Unidade Potiguar -, Rosalba Ciarlini disse que estava de “mãos estendidas”, que o entendimento com o PSDB já começou e que o PMDB pode ficar do seu lado.


“Pode sim, por que não? Eles também têm o sentimento democrático de caminhar ouvindo a população”, disse, acrescentando que não é aconselhável que a decisão seja tomada apenas pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB), simpatizante de Wilma de Faria, ou do senador Garibaldi Alves (PMDB), que apoia a aliança com o PMDB.


“Vai ter um período em que eles deverão ouvir os filiados”.A democrata acredita que o pedido que o presidente Lula fez a Henrique Alves, de o PMDB se afastar do DEM no estado, não será determinante em 2010. “As eleições estaduais dependem muito das características locais. A questão nacional pode criar algumas dificuldades, mas não vai ser preponderantes para chegar e dizer: ´não pode de jeito nenhum´”.


Ela evitou responder se a proposta aos outros partidos é encaixá-los em uma vice-candidatura ou na chapa proporcional. “O processo é muito longo ainda, temos até junho. Isso muda muito, não é o momento.”A senadora se manifestou fortemente a favor de uma aliança que reproduza a de 2008, entre PP, PMN, PR, PV e DEM, que elegeu Micarla de Sousa (PV) prefeita de Natal. “Acho que rosa e borboleta combinam.


Por que não fazer do nosso estado um jardim?”.MossoróSobre a crise financeira por que passa a prefeitura de Mossoró – onde a prefeita Fafá Rosado (DEM), decretou uma série de cortes no Orçamento -, a senadora disse que o “projeto majoritário não é de Mossoró, mas do Estado”, e que não deve abalar seus planos para 2010.


“A prefeita teve que tomar medidas amargas. Tem que cortar na carne, é melhor do que deixar de pagar funcionário ou falta serviços essenciais”, afirmou, acrescentando que todas as prefeituras passam pelo mesmo problema.


SenadoRosalba também falou sobre o seu trabalho como vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais no Senado, se colocou a favor da PEC 29, que estipula o gasto fixo de 10% da União com Saúde, do piso nacional de R$ 930 para os agentes de saúde e da PEC do Concurso, de sua autoria, que obriga aos órgãos contratarem todas as pessoas que passaram nos concursos.


Ela reclamou da interferência do presidente Lula na crise no Senado, disse que no Conselho de Ética (onde era segunda suplente mas acabou tendo poder de voto) “perdeu nos votos, mas não perdeu a dignidade” por não emplacar a investigação contra o presidente Jose Sarney (PMDB) e que se sente mal quando chega na Casa.“É aquele bate-boca, briga pelo poder. Até agora não estou vendo nada pacífico”.
Fonte:Por Luana Ferreira

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