Diante da completa falta de convergência entre o deputado federal Henrique Eduardo Alves e o senador Garibaldi Alves Filho, está praticamente definido que os dois irão mesmo figurar em palanques diferentes nas eleições 2010.
Mais do que uma saída jurídica, essa parece ser uma saída de cavalheiros a fim de evitar maiores prejuízos políticos para ambos. Das consultas feitas ao advogado Paulo de Tarso Fernandes, foi definido que o PMDB vai fazer duas coligações.
Será uma majoritária apenas com a candidatura de Garibaldi ao Senado e outra proporcional a critério do deputado Henrique. A saída contempla os interesses dos dois.
A indicação apenas da candidatura de Senado na chapa majoritária, conforme prevê a legislação eleitoral, vai possibilitar que os peemedebistas possam escolher livremente seus candidatos ao governo do estado e o segundo candidato a senador.
Nesse caso, Garibaldi Filho fica livre para apoiar a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao governo e, se achar conveniente, atrelar-se à candidatura do senador José Agripino Maia (DEM). Já o deputado Henrique poderá manter-se ao lado da governadora Wilma de Faria (PSB) e participar da tão propalada aliança com os partidos da base do presidente Lula, como deseja.
Além disso, no caso da coligação proporcional, segundo informações de bastidores, caberia a Henrique decidir o elenco de partidos com quem se aliar. E a própria Lei Eleitoral estabelece que mais de uma chapa pode ser lançada, contemplando, nesse caso os interesses também dos deputados estaduais. Com essa fórmula, o senador Garibaldi Filho e o deputado Henrique Alves ficam amparadas juridicamente para figurarem em palanques distintos, tanto o real como o virtual.
Garibaldi e Henrique não acreditam que o PMDB pode sair enfraquecido com essa decisão. Porque a divergência deles se reflete, em parte, nas bases do partido. O que os dois querem evitar, a qualquer custo, é disputar voto na convenção do ano que vem.
Por Flávia Urbano, da redação do DIARIODENATAL
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