terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Repasse de royalties para o RN cai 29,6% em 2009

O Rio Grande do Norte faturou 29,6% a menos em royalties em 2009, quando comparado ao ano anterior, de acordo com informações da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Isso significa menos dinheiro nos cofres de prefeituras, relacionadas direta ou indiretamente com a produção de petróleo, e do Estado. O recuo no RN foi um pouco maior do que a média nacional, que foi de 27%. Para a Petrobras (principal pagadora dos royalties no Brasil), o motivo desse desempenho foi, no geral, a oscilação no preço da cotação internacional de petróleo e da taxa de câmbio; e, no particular, uma queda de 5% no volume de produção dos poços potiguares.

Em 2008, a soma dos royalties - compensação financeira pela produção de petróleo e gás nos estados e municípios - pagos ao estado e muncípios foi de R$ 379,27 milhões, enquanto no ano passado eles chegaram a R$ 266,7 milhões, o que representa uma queda de quase 30%. Dez estados brasileiros e mais de 800 municípios envolvidos com a atividade deprodução e exploração do petróleo recebem estes recursos.

O gerente geral da Unidade de Exploração e Produção para o Rio Grande do Norte e Ceará (UN-RNCE) da Petrobras, Joelson Mendes, diz que os estados, de uma maneira geral, perderam com o faturamento das compensações em virtude do preço médio do barril do petróleo em 2009 ter sido menor do que em 2008, de acordo com ele, cerca de 30% menor. Mendes diz que os níveis de produção dos poços de petróleo ficaram "mais ou menos iguais" em relação ao ano anterior. "Nossa queda foi um pouquinho maior porque nossa produção foi cerca de 5% inferior a 2008".

De acordo com ele, a principal razão por essa queda de volume está no fato do RN ter uma bacia de produção "madura", ou seja, que já passou do seu pico de produção. "Assim que um poço é perfurado, ele vai perdendo pressão e, consequentemente, ele produz menos ano a ano. É um processo natural", explica o gerente. Embora essa perda de capacidade de produção dos poços seja uma "tendência natural", existem tecnologiaspara evitar que essa diminuição se acelere.
Mendes fala que foram investidos mais de US$ 200 milhões no vaporduto que será inaugurado amanhã, no município de Alto do Rodrigues (Alto Oeste do RN). Ao se injetar vapor nos poços, o óleo fica mais fluido, facilitando a sua extração. O vaporduto do Vale do Açu é o maior do mundo, com uma extensão de aproximadamente 30km, e o primeiro a operar com vapor superaquecido. O gerente fala que, no pico, a produção responderá por mais de 18 mil barris por dia. Ele finaliza afirmando que em 2010 serão investidos R$ 1 bilhão no estado perfurando novos poços e com projetos de injeção de água e vapor.

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