Ao contrário de eleições anteriores, quando os nomes dos candidatos só eram definidos já próximo às convenções partidárias, este ano é possível que entre os meses de fevereiro e março a população já conheça as chapas completas que disputarão o governo do estado. Considerando que se tem praticamente como certo os candidatos a governador - Iberê Ferreira de Souza (PSB) e Rosalba Ciarlini (DEM) -, estão em estágio avançado de negociação a escolha do vice-governador, tanto da base governista quanto de oposição. "Até o começo de março estarei com o time definido para colocar em campo, jogar e ganhar", declarou Iberê.
O vice-governador não esconde a sua preferência pelo deputado federal João Maia (PR). "Se eu pudesse escolher o vice seria bom. Mas são os partidos da coligação que definem o preenchimento dos quadros. João Maia tem espírito público, as nossas conversas estão caminhando bem e ele disse que não ficará contra a base de apoio ao governo Lula", disse. No entanto, especula-se que o PR tem um projeto para o deputado João Maia e a orientação é para que ele mantenha a candidatura à reeleição como deputado federal. A intenção do partido é que ele possa ocupar uma vaga de ministro de estado. Diante dessa possibilidade, Iberê parece abrir mão de ter o deputado ao seu lado como vice. "Se isso acontecer, quem irá lucrar é o Rio Grande do Norte, com um ministro potiguar", disse.
No entanto, além de João Maia, ainda existem dois nomes a serem estudados para o cargo de vice na aliança com o PSB, o do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e do deputado estadual Robinson Faria (PMN). Mas as informações de bastidores são de que Robinson não fará parte da composição da chapa governista e que está apenas aguardando o momento certo para se desligar. O clima de mal-estar com a governadora Wilma de Faria (PSB) e conversas frequentes com a senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que é candidata ao governo, fazem crer que tais especulações podem se confirmar. Iberê ainda disse que tem conversado com Carlos Eduardo, mas não sobre a possibilidade dele sair como seu vice. "Nossa conversa foi sobre a coligação. É natural que estejamos juntos nas eleições, assim como na aliança do ano passado, nas eleições municipais. Também falei com outros membros do PDT como Álvaro Dias e Agnelo Alves. Nós estamos discutindo ideias e não nomes", afirmou IberêDiferente do Iberê, que garantiu a formação da chapa até março, a base de oposição não pretende estabelecer prazos para definição dos candidatos.
O líder do Democratas, o senador José Agripino disse que não vai impor nada e vai deixar que as conversas entre os partidos aliados fluam naturalmente. "Temos conversado bastante e tudo está caminhando muito bem. Os partidos estão bem articulados", disse. No entanto, mesmo diante das evidências em torno do nome de Rosalba para o governo e também das entrevistas que ela tem concedido à imprensa como candidata do DEM, Agripino disse que o partido ainda está na fase de negociações sobre a candidatura do vice e de governador.
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