sábado, 27 de fevereiro de 2010

Henrique diz que apoia Iberê por questão de coerência





O presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro no Rio Grande do Norte, deputado federal Henrique Eduardo Alves afirmou que o seu apoio à pré-candidatura do vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) surgiu de maneira natural. Entrevistado pela TV Pontanegra ontem, o parlamentar explicou que o vice-governador representa a base do presidente Lula na disputa governamental e isso o coloca naturalmente no palanque da base do presidente Lula.



"Eu posso ter muitos defeitos e muitas qualidades como todos tem, mas a minha coerência e a minha posição clara sempre foi definida, tanto na política nacional quanto na política do Rio Grande do Norte", acrescentou o dirigente peemedebista.Em relação à extinta Unidade Potiguar, o deputado federal Henrique Eduardo Alves explicou que a formação do bloco naquele momento tinha por finalidade tentar agrupar as forças em torno um projeto único reunindo os partidos da base do presidente Lula no Estado.



"Naquele momento a coisa estava muito desagregadora e tinha João Maia naquela linha mais do afastamento e o deputado Robinson Faria com aqueles problemas internos na base do governo, então, foi uma tentativa de reorganizar e reunificar para assim encontrarmos o mesmo caminho junto à base", explica.Henrique Eduardo Alves confirmou que o partido marchará dividido para as eleições deste ano no Rio Grande do Norte, com o senador Garibaldi Alves Filho no palanque oposicionista enquanto ele ficará com os partidos da base do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



De acordo com o presidente do PMDB, essa posição, apesar de divergente, não cria problemas de relacionamento interno na legenda. "Isso já é um fato, mas se trata de uma posição respeitosa, cordata do senador Garibaldi Filho que eu respeito a sua posição, por afinidade, por nossa convivência diária e, em função da sua afinidade com a senadora Rosalba ele preferiu tomar esse caminho, mas para mim era impossível e ele entendeu, porque como líder do maior partido da base do governo Lula, eu estivesse no mesmo palanque que o maior líder da oposição ao presidente da República", explica Alves fazendo questão de dizer que não discute a questão da paridade, mas admite que é incompatível a sua função como líder de uma importante legenda aliada do presidente Lula e o senador José Agripino liderando a oposição.



Ele entende que o fato de discordar politicamente do senador Garibaldi Alves Filho no que se refere ao processo eleitoral, não criará entraves junto aos militantes da legenda. Henrique explica que haverá uma compreensão dos peemedebistas quanto a esse posicionamento.



"Existem situações em que até mesmo por questões municipais, o apoio do PMDB será na direção conduzida por Garibaldi e outras situações que eu tentarei conduzir em favor da candidatura do vice-governador Iberê Ferreira de Souza", assinala.Deputado diz que o PP deve ficar na base de Lula Henrique Eduardo Alves confirmou as articulações nacionais visando modificações no comando do Partido Progressista no Rio Grande do Norte.



De acordo com o parlamentar, as mudanças têm por objetivo fazer com que o PP que é um dos mais prestigiados partidos da base do presidente da República permaneça onde está e não migre para o bloco oposicionista.



"Na hora em que o deputado Robinson Faria, que eu respeito profundamente essa decisão porque a pessoa tem de estar onde se sente bem e eu respeito que ele acha que se sente melhor ao lado da oposição e na hora em que ele se desloca da base governista para a oposição, não tem sentido o PP que é o partido que tem o principal ministério do presidente Lula, que é o ministério das Cidades e tem um dos ministros mais influentes do governo que é o Márcio Fortes e de repente essa base dê o seu tempo de televisão a oposição para falar mal do presidente Lula", reagiu.



Ele prevê que essa questão envolvendo o PP será resolvido de forma respeitosa, mas acima de tudo coerentemente, no sentido de que a legenda permaneça na base do presidente Lula. "E assim fortalecendo o tempo de televisão, a argumentação e o posicionamento político daqueles que formarão a base do presidente Lula", acredita o parlamentar do PMDB.
LUÍS JUETÊ

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