sábado, 27 de junho de 2009

Robinson vê que Iberê tenta vantagem

O presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN), vê que o vice-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB) leva vantagem com relação a 2010 - sobre ele e o deputado federal João Maia (PR), já que os três são do grupo liderado pela governadora Wilma de Faria e estão de olho no Governo do Estado. "Iberê está montado no Governo, inaugurando tudo", afirma, deixando claro que o vice-governador vem tentando se sobressair para se viabilizar como candidato.Como Wilma de Faria sairá do cargo em abril do próximo ano, Iberê assumirá o Governo. Robinson Faria analisa, contudo, que o candidato natural do grupo não será aquele que "estiver sentado" (no Governo), e sim o que estiver em melhores condições de unir e conduzir o grupo para a vitória. "Se o candidato não tiver cheiro de vitória, perde apoios", comenta.O presidente da Assembleia Legislativa comenta que está atento a todos os detalhes e que vem fazendo monitorações científicas (pesquisas internas) para saber como está sua situação referente ao projeto de se candidatar ao Governo. "Até agora estou vendo motivos para não desistir. Estou olhando os sinais e, sem querer ser otimista, tenho encontrado sinais positivos", afirma.Diferente do que disse a governadora em recente visita a Mossoró, de que o grupo dispunha de três nomes interessados no Governo do Estado, Robinson Faria frisa que é preciso incluir o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). "São quatro pré-candidatos", diz, comentando que a situação de Iberê terá que ser analisada. É que, assumindo o Governo do Estado com a desincompatibilização de Wilma de Faria, o vice-governador só terá uma alternativa: tentar a reeleição.E é justamente nesse ponto que Robinson não concorda com a tese que vem sendo trabalhada pelo vice-governador. Para o presidente da Assembleia Legislativa, o nome do candidato do grupo ao Governo deve ser escolhido em janeiro, até para se ter tempo para trabalhar na massificação do indicado junto aos eleitores.Caso seja preterido por seu grupo na disputa pelo Governo do Estado, Robinson Faria afirma que, caso as pesquisas mostrem que terá espaço a ser conquistado, entrará no embate. Devido a esse fator, ele acredita na possibilidade de uma terceira candidatura à sucessão da governadora - até agora são dois grupos: situação e oposição, sendo esta com a pré-candidatura posta da senadora Rosalba Ciarlini (DEM).Ele lembra que tem o respaldo de três partidos (PMN, PP e PTB). "Tenho tempo de televisão e apoio de deputados e prefeitos", afirma, acrescentando que ainda existe um acordo entre ele e o deputado federal João Maia, o que resultaria em mais reforço eleitoral.OPOSIÇÃOA divisão do grupo governista em quatro candidaturas, para Robinson Faria, fragiliza - eleitoralmente - o projeto que se vislumbra para 2010. "Conseguir crescer no bloco de quatro candidatos é complicado", diz, afirmando que Rosalba Ciarlini está em vantagem: "Ela está sozinha na oposição e tem posição confortável. Rosalba é mais conhecida e leve. Tem notoriedade."Faria também analisa que Rosalba vem sendo favorecida pelo fato de sempre cumprir agenda ao lado dos senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB). "Quando ela não está com um, cumpre agenda com outro e isso a favorece", afirma.Apesar de se propagar que a disputa mais acirrada será com relação às duas vagas para o Senado, que devem ser disputadas por Garibaldi Filho, José Agripino e Wilma de Faria, o presidente da Assembleia Legislativa analisa que o voto para senador não terá tanta força. "A disputa é para o Governo. O último voto que o eleitor vai se preocupar é o de senador", diz Robinson Faria.
‘Wilma errou três vezes’, diz Robinson"Wilma errou três vezes na eleição em Natal", afirma Robinson Faria, acrescentando que a governadora foi persuadida pelo publicitário Alexandre Macedo e pelo deputado estadual Gustavo Carvalho a propor o acordão envolvendo PSB, PMDB e PT para definir a candidatura da deputada federal Fátima Bezerra à Prefeitura de Natal. Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, o objetivo não teria foco na candidata, e sim nas eleições de 2010."Botaram na cabeça de Wilma que se ela unisse PSB, PMDB e PT derrotaria Agripino e fecharia aliança para o Senado", afirma. Robinson diz também que, por conta desse objetivo, a governadora errou três vezes: "Ela errou quando não apoiou a candidatura de Rogério (deputado federal Rogério Marinho), quando não apoiou Micarla e quando aceitou o acordão."Para o presidente da Assembleia Legislativa, diante do cenário que se configura para a disputa pelo Senado, Wilma de Faria precisará de um palanque forte para atingir seu objetivo.
FONTE. JORNAL DE FATO

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