segunda-feira, 29 de junho de 2009

Médico minimiza risco de morte por gripe suína


Elpídio Júnior

Infectologista explicou que a morte no RS não pode ser vista como alarme.A primeira morte no Brasil ocasionada por Influenza A ou gripe suína, no último domingo (28), aumentou o nível de alerta em todos os estados do país sobre a letalidade do vírus. A vítima, confirmada como um residente do Rio Grande do Sul, veio a óbito depois de um quadro de insuficiência respiratória.No entanto, no Rio Grande do Norte, estado que teve um caso confirmado, o infectologista Luiz Alberto Marinho explicou que não há motivo para preocupação. Isso porque a variação do vírus da gripe não é mais perigosa do que outras. “O grau de letalidade dela no Brasil é de 0,16%, contra 0,46% no mundo todo”, afirmou.O médico explicou ainda que a única paciente no RN que teve o caso confirmado já foi liberada e está em casa há mais de dez dias. Ele declarou que a morte registrada no RS não aumenta ou diminui os riscos de contaminação no país. “A Influenza A é uma gripe como qualquer outra”, declarou.Apesar da baixa letalidade, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ainda na sexta-feira (26) a adoção de novas medidas e orientações para confirmação de casos e atendimento aos pacientes da nova gripe.O total de registros no Brasil chega a 627 e o estado com o maior número de casos é São Paulo, com 308. Minas Gerais com 69 casos aparece como o segundo em registro de casos e Rio de Janeiro, com 66, em terceiro.Novas medidasMedida 1: Os estados e municípios passaram a contar com parâmetros básicos, para orientar eventuais suspensões de atividades em locais públicos ou coletivos. É o caso de creches, escolas, empresas, por exemplo. A recomendação é que se evite fechamentos desnecessários desses locais, o que poderia aumentar essa sensação de intranqüilidade entre a população. O que o ministro reiterou é que não sejam tomadas medidas sem a consulta prévia aos órgãos de vigilância sanitária e de saúde pública de cada município.Medida 2: Houve ampliação dos cuidados para se reduzir o potencial de resistência do vírus ao tratamento e para se evitar que uma maior quantidade de pessoas desenvolva reações à medicação aplicada para os casos de Influenza A (H1N1). Isso significa uma mudança de protocolo no atendimento dos pacientes.“A preocupação é dar medicamento nos casos clínicos onde não é necessário dar medicamento, onde o próprio organismo vai dar um andamento natural a essa doença sem nenhum tipo de risco à pessoa. Estou impedindo um contato excessivo do vírus com o medicamento e uma futura possibilidade de desenvolvimento de resistência”, observou Temporão. “A grande maioria das pessoas que estão contraindo esse vírus desenvolvem um quadro brando de doença, com recuperação sem a necessidade de tratamento medicamentoso”.Medida 3: O processo de confirmação dos casos, em parte, também muda. Até agora, eram utilizadas amostras de material biológico individual para confirmar a doença em cada paciente. A confirmação era sempre laboratorial e individual. Agora, quando houver ocorrência de infecção comprovada laboratorialmente em alguém, as pessoas com vínculo epidemiológico com aquele paciente, em uma mesma instituição – como escolas, creches e empresas –, e que apresentem sintomas do Influenza A (H1N1), passam a consideradas infectadas. O vínculo epidemiológico, então, tornar-se suficiente para a confirmação.Até então, as confirmações laboratoriais ocorriam na Fundação Oswaldo Cruz (RJ), no Instituto Evandro Chagas (PA) e no Instituto Adolfo Lutz (SP). O ministro Temporão ainda anunciou que outros três laboratórios do país passarão a fazer a confirmação da doença. Essa medida deve-se ao aumento da demanda aos laboratórios de referência para o Influenza A (H1N1). Apesar desse crescimento, há kits suficientes para os diagnósticos, reforçou o ministro.
FONTE. NOMINUTO.COM

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